quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A idéia da Criação, do bem e do mal e do monoteísmo

Origem do bem e do mal
Tomando por base o Egipto, a terra surgiu do Nilo, mas mesmo nesse contexto havia no Egipto Antigo vários mitos sobre a criação, contam-se pelo menos 10 divindades criadoras. Um exemplo é o mito de Atum: _”Antes de todas as coisas não havia senão trevas e “água primordial”, o Nun (oceano à semelhança do Nilo que continha todos os germes da vida). Surgiu o senhor todo-poderoso Atum, que se criou a si próprio a partir do Num, por ter pronunciado o seu próprio nome, depois teve 2 gémeos, um filho Chu (que representava o ar seco) e uma filha Tefnut (ar húmido). Estes separaram o céu das águas e geraram Geb – a terra seca e Nut – o céu.
Dento desse serie mitológica destacava-se Osíris (Ausar em egípcio) era um deus da mitologia egípcia, associado à vegetação e a vida no Além. Exemplo de bondade. Oriundo de Busíris, no Baixo Egipto, Osíris foi um dos deuses mais populares do Antigo Egipto, cujo culto remontava às épocas remotas da história egípcia e que continuou até à era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independência política.
             Marido de Ísis e pai de Hórus[1], era ele quem julgava os mortos na "Sala das Duas Verdades", onde se procedia à pesagem do coração ou psicostasia. Osíris, é sem dúvida o deus mais conhecido do Antigo Egipto, devido ao grande número de templos que lhe foram dedicados por todo o país; porém, os seus começos foram os de qualquer divindade local,e é também um deus que julgava a alma dos egípcios se eles iam para o paraíso (lugar onde só há fartura).Para os seus primeiros adoradores, Osíris era apenas a encarnação das forças da terra e das plantas. À medida que o seu culto se foi difundindo por todo o espaço do Egipto, Osíris enriqueceu-se com os atributos das divindades que suplantava, até que, por fim substituiu a religião solar.
Por outro lado a mitologia engendrou uma lenda em torno de Osíris, que foi recolhida fielmente por alguns escritores gregos, como Plutarco. A dupla imagem que de ambas as fontes chegou até nós deste deus, cuja cabeça aparece coberta com a mitra branca, é a de um ser bondoso que sofre uma morte cruel e que por ela assegura a vida e a felicidade eterna a todos os seus protegidos, bem como a de uma divindade que encarna a terra egipcia e a sua vegetação, destruída pelo sol e a seca, mas sempre ressurgida pelas águas do Nilo.
E como exemplo de maldade tínhamos Seth (ou Set) é o deus egípcio da violência e da desordem, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes. Seth era encarnação do espírito do mal e irmão de Osíris, o deus que trouxe a civilização para o Egito.
Seth era também o deus da tempestade no Alto Egito. Era marido e irmão de Néftis. É descrito que Seth teria rasgado o ventre de sua mãe Nut com as próprias garras para nascer. Ele originalmente auxiliava em sua eterna luta contra a serpente Apep na barca lunar, e nesse sentido Seth era originalmente visto como um deus bom.
Já na Grécia, a união do Céu e da Terra era para os Gregos, o início da criação tendo o Caos, como marco primordial, e este gerou Érebo (a parte mais profunda dos infernos) e Nyx (a noite). Estes fizeram nascer Éter (o ar) e Hémera ( o dia). Depois Gaia (terra) tornou-se a base em que todas as vidas têm a sua origem. Úrano (céu) casou-se com Gaia (terra). Todas as criaturas provêm desta união do céu e da terra (titãs, deuses, homens).
Onde chegamos à Criação Bíblica, dividida em sete dias, descritos a seguir: _1º Dia – “Deus criou o Céu e a Terra” ;  2º Dia – “Deus fez o firmamento e separou umas águas das outras e chamou firmamento de Céu”; 3º Dia – Houve a Terra e os Mares ;4º Dia – Deus separou os dias e as noites ;5º Dia – Surgem peixes e aves ; 6º Dia – Surgem outros animais. Deus cria o Homem  e finalmente o 7º Dia – onde, “Deus descansou”. Explicações cientificas da época, muito bem compiladas por Moises, descritos de forma mítica, pois como digo: _A ciência de hoje é a crença de amanhã, levando o homem, ao fantástico mundo dos mitos, onde a mais difícil teoria é explicada em meras historias recheadas de símbolos comuns a toda uma geração vivente e seus futuros descendentes, caso saibam interpretar de forma empática toda a sabedoria de uma geração, exemplo de Moises.   
Caim e Abel
Em determinada ocasião, Caim e o seu irmão mais novo Abel apresentaram ofertas a Deus. Caim apresentou frutas do solo e Abel ofereceu primícias do seu rebanho. (Gênesis 4:3, 4). A oferta de Abel teria agradado a Deus, enquanto que a de Caim não. Tudo indica que o sacrifício de Abel foi oferecido com fé, em face da declaração bíblica de que "Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício superior ao de Caim. Pela fé ele foi reconhecido como justo, quando Deus aprovou as suas ofertas." (Hebreus 11:4), um sacrifício total.
 Possuído por ciúmes, Caim armou uma emboscada para seu irmão. Sugeriu a Abel que ambos fossem ao campo e, lá chegando, Caim matou seu irmão; este teria sido o primeiro homicídio da história da humanidade.
 Respondendo ainda com arrogância ao ser interpelado por Deus, o Criador sentenciou-o ao banimento do solo, além de ser condenado à condição de errante pelo mundo, que parte em busca de um futuro indefinido em um deserto de homens.
Caim lamentou a severidade da sua punição e mostrou ansiedade quanto à possibilidade de o assassinato de Abel ser vingado nele, mas, ainda assim, não expressou nenhum arrependimento. O Criador "estabeleceu um sinal para Caim", o signo protetor que designa a criatura de Deus, a marca do filho de Adão, para impedir que fosse morto, mas o registro não diz que esse sinal ou marca fosse colocado de algum modo no próprio Caim.”
Os descendentes de Caim
Após ter matado Abel, Caim teria partido para a "terra da Fuga (Nod ou Node), ao leste do Éden", levando consigo a sua esposa, uma anónima filha de Adão e Eva. Após o nascimento de seu filho, Henoc (Enoque), Caim empenhou-se em construir uma cidade, dando-lhe o nome do seu filho. Os descendentes de Caim são alistados em parte, e incluem homens que se distinguiram pela pecuária nómada, por tocarem instrumentos musicais, por forjarem ferramentas de metal, bem como alguns conhecidos por praticarem a poligamia e a violência. (Gênesis 4:17-24) Segundo a Bíblia, a descendência de Caim terminou com o Dilúvio dos dias de Noé.
O texto bíblico de Gênesis deixa implícito que Caim poderia ter sido assassinado por seu descendente Lameque, quando fala sobre o castigo que este enfrentaria:E disse Lameque a suas mulheres: Ada e Zilá, ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai o mei duto: porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem, por me pisar. Porque sete vezes Caim será vingado; mas Lameque, setenta vezes sete”. (Gênesis 4:23-24). 
Lilith: Na Bíblia
No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, chegando depois a ser descrita como um demônio. De acordo com certas interpretações da criação humana em Gênesis, no Antigo Testamento, reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusando-se a ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais. Na modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal. Assim dizia Lilith: ‘‘Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo?
 Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.’’ Quando reclamou de sua condição a Deus, ele retrucou que essa era a ordem natural, o domínio do homem sobre a mulher, dessa forma abandonou o Éden. Três anjos foram enviados em seu encalço, porém ela se recusou a voltar. Juntou-se aos anjos caídos onde se casou com Samael que tentou Eva ao passo que Lilith Tentou a Adão os fazendo cometer adultério. Desde então o homem foi expulso do paraíso e Lilith tentaria destruir a humanidade, filhos do adultério de Adão com Eva, pois mesmo abandonando seu marido ela não aceitava sua segunda mulher. Ela então perseguiria os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recém casados para se vingar. Após os hebreus terem deixado a Babilônia Lilith perdeu aos poucos sua representatividade e foi eliminada do velho testamento. Eva é criada no sexto dia, e depois da solidão de Adão ela é criada novamente, sendo a primeira criação referente na verdade a Lilith no Gênesis.
Representação Sexual
Há certas particularidades interessantes nos ataques de Lilith, como o aperto esmagador sobre o peito, uma vingança por ter sido obrigada a ficar por baixo de Adão, e sua habilidade de cortar o pênis com a vagina segundo os relatos católicos medievais. Ao mesmo tempo que ela representa a liberdade sexual feminina, também representa a castração masculina. Pensa-se que o Relevo Burney (ver alusões à coruja na reprodução do Relêvo de Burney, nesta página), um relevo sumério, represente Lilith; muitos acreditam também que há uma relação entre Lilith e Inanna, deusa suméria da guerra e do prazer sexual. Algumas vezes Lilith é associada com a deusa grega Hécate, "A mulher escarlate", um demônio que guarda as portas do inferno montada em um enorme cão de três cabeças, Cérbero.
Hécate, assim como Lilith, representa na cultura grega a vida noturna e a rebeldia da mulher sobre o homem. Nos dois últimos séculos a imagem de Lilith começou a passar por uma notável transformação em certos círculos intelectuais seculares europeus, por exemplo, na literatura e nas artes, quando os românticos passaram a se ater mais a imagem sensual e sedutora de Lilith (ver a reprodução do quadro Lilith de John Collier, pintada em 1892), e aos seus atributos considerados impossíveis de serem obtidos, em um contraste radical à sua tradicional imagem demoníaca, noturna, devoradora de crianças, causadora pragas, depravação, homossexualidade e vampirismo (ver texto gnóstico na seção de links externos). Podendo ser citados também os nomes de Johann Wolfgang von Goethe, John Keats, Robert Browning, Dante Gabriel Rossetti, John Collier, etc…Lilith também é considerda um dos Arquidemônios símbolo da vaidade.
Assim como o conjunto de Sephirah’s é chamdo de Sephitoth, e estas tem seu oposto complementar a Qlipha’s, temos as dez QLIPHOTH. São elas:
01.Kether: Ferah
Demônio qlipothicos: THAUMIEL
Forma Exterior: CATHARIEL
Arquidemônio: SATAN OU MOLOCH
Significado: Gêmeos de Deus, as duas forças em luta
Descrição: Um bicéfalo com duas cabeças gigantes
Poder:Divisão

02. Hokhmah: Rileh
Demônio Qlipóthico: GHOGIEL (AGHAGIEL)
Forma Exterior: GHOGIEL
Arquidemônio: BEELZEBUB OU ADAM BELIAL
Significado: Estorvos
Descrição: Gigantes negros entrelaçados com serpentes
Poder:Limitação
03. Bimah: Rahja
Demônio Qlipóthico: SATARIEL
Forma Exterior:SHEIRIEL
Arquidemônio: LUCIFUGI
Significado: O Oculto
Descrição: Gigantesca cabeça vendada, com chifres e olhos medonhos
Poder: Interferência

04. Chessed: Kiader
Demônio Qlipóthico: AGSHEKLOH (Gha’ashekah)
Forma Exterior: AZARIEL
Arquidemônio: ASTAROTH
Significado: O Destruidor
Descrição: Gigantes Pretos
Poder: Agitação
05. Geburah: Rauch
Demônio Qlipóthico: GOLOHAB (Golachab)
Forma Exterior: USIEL
Arquidemônio: ASMODEUS
Significado: Os incendiáros
Descrição: Formas com enormes cabeças negras, algumas vezes parecidas com vulcões em erupção.
Poder: Agressão, Violência

06. Thiphereth: Qadesh
Demônio Qlipóthico: TAGIRION (Thagiriron)
Forma Exterior: ZAMIEL
Arquidemônio: BELPHEGOR
Significado: O Lití¬gio
Descrição: Disputa
Poder: Discussão
07. Netzach: Fhidor
Demônio Qlipóthico: HARAB SERAPEL (A’arab Zaraq )
Forma Exterior: THEUMIEL
Arquidemônio: BAAL OU TUBAL CAIN
Significado: O Corvo da Destruição
Descrição: Desejo,
Poder: Gula Dispersão

08. Hod: Jauch
Demônio Qlipóthico: SAMAEL
Forma Exterior: THEUNIEL
Arquidemônio: ADRAMELECH
Significado: Veneno de Deus
Descrição: Amarelo sem vida
Poder: Decepção, Heresia

09. Yesod: Verjash
Demônio Qlipóthico: GAMALIEL
Forma Exterior: OGIEL
Arquidemônio: LILITH
Significado: O Obsceno, O Obscuro
Descrição: Homem-Touro
Poder:Obscenidade
10. Malkuth: Karih
Demônio Qlipóthico: NEHEMOTH OU LILITH
Arquidemônio: NAHEMA
Significado: Rainha da Noite
Descrição:Mulher que muda a sua aparência de bela à bestial
Zoroastrismo
O zoroastrismo, também chamado de masdeísmo, mitraísmo ou parsismo, é uma religião monoteísta fundada na antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra, a quem os gregos chamavam de Zoroastro. É considerada como a primeira manifestação de um monoteísmo ético.De acordo com os historiadores da religião, algumas das suas concepções religiosas, como a crença no paraíso, na ressurreição, no juízo final e na vinda de um messias, viriam a influenciar o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Tem seus fundamentos fixados no Avesta e admite a existência de duas divindades (dualismo), representando o Bem (Aúra-Masda) e o Mal (Arimã), de cuja luta venceria o Bem.
História: A religião pré-zoroastriana
A religião do Irã antes do surgimento do zoroastrismo apresentava semelhanças com a da Índia Védica, dado que as populações que habitavam estes espaços descendiam de um mesmo povo, os arianos (ou indo-iranianos). Era uma religião politeísta, na qual o sacrifício dos animais e o consumo de uma bebida chamada haoma (em sânscrito: soma) desempenhavam nela um importante papel. Os seres divinos enquadravam-se em duas classes, ambas de características positivas: os ahuras (em sânscrito: asuras; "senhores") e os daivas (em sânscrito: deivas; "deuses").
Zoroastro
Zoroastro viveu na Ásia Central, num território que compreendia o que é hoje a parte oriental do Irã e a região ocidental do Afeganistão. Não existe um consenso em torno do período em que viveu; os acadêmicos tem situado a sua vida entre 1750 e 1000 a.C.. Sobre a sua vida existem poucos dados precisos, sendo as lacunas preenchidas por lendas. De acordo com os relatos tradicionais zoroastrianos, Zoroastro viveu no século VI a.C., pertencendo ao clã Spitama, sendo filho de Pourushaspa e de Dugdhova. Era o sacerdote do culto dedicado a um determinado ahura. Foi casado duas vezes e teve vários filhos. Faleceu aos setenta e sete anos assassinado por um sacerdote. Aos trinta anos, enquanto participava num ritual de purificação num rio, Zaratustra viu um ser de luz que se apresentou como sendo Vohu Manah ("Bom Pensamento") e que o conduziu até à presença de Ahura Mazda (Deus) e de outros cinco seres luminosos, os Amesha Spentas, sendo este o primeiro de uma série de encontros com Ahura Mazda, que lhe revelou a sua mensagem.





Um comentário:

  1. Unificação de todas as Filosofias(Perdão do comentario, mas Religião e Ciencia, como andam acabaram se tornando inacreditaveis ao homem). Deus deu ao homem o poder de pensar, sentir, agir (falar) e manifestar (criar): _"Penso, logo existo!"; Logo que faz o bem, ou provoca o mal, são os proprios homens, como visto nos quados anteriores. Com esta explicação tão simples, rogo as pessoas que percebam que tudo se originou de Deus e foi descoberto por sua criatura, o homem, abrindo-se então, todos, para novas ou antigas filosofias, conhecendo novas ou antigas soluções para seus problemas, quanto as suas insatisfações essencias sobre a vida.

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